24 OBRAS ESTÃO EXIBIDAS NO ESPAÇO IGWAN

24 OBRAS ESTÃO EXIBIDAS NO ESPAÇO IGWAN

“Travesías”, uma exposição sobre a contribuição das mulheres para a arte
No âmbito do projeto “Excêntricos”, de Marcelo Nitor, foi inaugurada neste sábado uma exposição coletiva. Patricia Viel, professora e curadora, reconheceu que a produção de mulheres artistas latino-americanas tem sido “marginalizada”.

O artista visual Marcelo Nitor continua avançando no desenvolvimento de “Excentrics”, projeto que investiga e recupera a contribuição de artistas mulheres para a história da arte latino-americana.

Com um total de 24 peças, “Travesías”, que até este sábado só podia ser vista em formato digital, foi inaugurada no Espaço Igwan.

Ale Gutiérrez, Belén Torres Carrizo, Cynthia Aguilar, Daiana Gunn, Damián Cardozo, Diana Patt, Florencia Cequeira, Giuliana Robusto, Guadalupe Auzoberría, Guadalupe Bastanion, Ivana Valle, Jorgelina Ibáñez, Lucía Cebrián, Lucía Fernández, Luisa Godoy, Marcelo Nitor, Mariana Oyarzún, Mariana Turk, Melina Monzón, Natalia Giuliano, Natalia Puglisi, Patricia Viel, Sol Lalanne e Yasmín Aguilar são as artistas que, em cada obra, incluíram uma fotografia de um artista do seu atelier, inspirada no estilo do referido artista e na a fotógrafa Josefina Oliver.

Nitor, que foi capa do suplemento Arte e Cultura do dia 28 de setembro, lembrou ao La Opinión Austral que “a exposição faz parte de uma convocatória para artistas locais e surge de um projeto muito maior que é o “Excentrics”. , arte e a contribuição para a identidade latino-americana que os artistas deram.”

Quanto ao título, destacou que a palavra “Travesías” “pode descrever o desenvolvimento da obra de artistas latino-americanos, que tiveram que sofrer muitos estigmas, rotulados pela sociedade, a ponto de quase desaparecerem sua contribuição. Os “Excêntricos” vão em busca desse resgate, da reparação histórica da identidade latino-americana.
Patrícia Viel, que junto com Nitor fez a curadoria, afirmou: “Eles foram marginalizados, foram invisibilizados. Venho da antiga Escola de Belas Artes e nunca as estudei em cátedras, sempre estive longe de saber qual era a produção das artistas mulheres latino-americanas. Só nos últimos anos da minha carreira é que alunos como o Marcelo e vários outros me procuraram com estas preocupações sobre o porquê de não vermos mais mulheres nas cátedras e essa preocupação levou-me a começar a pesquisar e a acompanhar os processos. Hoje estou aprendendo como professor o que eles ensinam como alunos, é uma lacuna geracional que é preciso colmatar. Hoje nós, professores, estamos nos capacitando com novas perspectivas, revisões históricas e novas formas de compreender o mundo e compreender a arte.”
Concluindo, Nitor disse: “Estou pensando em outro projeto, sobre a poesia feminina latino-americana. Nesta pesquisa encontram-se todas as artes, há muitos artistas visuais que são performers ou poetas, o exemplo mais claro é Aurora Reyes que tem diversas publicações. A convocatória continuará resgatando a obra literária de vários artistas latino-americanos, sempre transversalizando-a com as artes visuais porque é o que desperta em mim uma motivação mais forte.”