A renovação da arte contemporânea peruana

A renovação da arte contemporânea peruana

Pinta PArC vira Pinta Lima: a renovação da arte contemporânea peruana

 O renomado evento Pinta Parc evolui para Pinta Lima, reafirmando seu compromisso com a divulgação da arte peruana e a integração das tradições ancestrais no circuito contemporâneo internacional. O que começou como uma feira de arte é hoje um ponto de encontro global para artistas, colecionadores, curadores e amantes da arte. Com presença em cidades importantes como Miami, Nova York e Buenos Aires, a Pinta soube se adaptar às tendências do mercado e se destacar pelo compromisso com as raízes culturais da América Latina, despertando o sentimento que todo artista tem: a curiosidade pelo novo . “No mundo inteiro há praticamente uma feira por dia. O nosso é diferente porque mostramos o que ainda está por ser descoberto, valorizamos o que está escondido em cada canto, o que gera fascínio, o que o torna especial, embora nem todos saibam disso", afirma Diego Costa Peuser, diretor do Paint Miami e Pintar Lima.

 

 Este compromisso se reflete claramente no Peru, onde Pinta chegou com o nome de Pinta PARC (Perú Arte Contemporânea). No entanto, este ano anuncia uma mudança significativa: passará a chamar-se Pinta Lima, reforçando a sua identidade como plataforma fundamental da arte local e regional. “O nome muda, mas a essência do nosso trabalho permanece, visando valorizar o que cada lugar tem, mas vendo-o como parte de um todo”, enfatiza Costa. Do Peru para o mundo

 A mudança para Pinta Lima representa muito mais que um simples ajuste de nome; É um reconhecimento do dinamismo da arte peruana e da sua capacidade de dialogar com outras culturas. Como epicentro do cenário artístico local, a Pinta Lima busca fortalecer seu papel como ponte entre as tradições e a vanguarda, entre artistas emergentes e consagrados, e entre o Peru e o mundo.

 

 Um exemplo recente desse compromisso com a revalorização da arte peruana é a exposição Pintando os Seres da Floresta, apresentada na recente edição da Pinta Miami. Este esforço não só destaca a riqueza visual e simbólica da comunidade Shipibo-Konibo, mas também posiciona nomes como Harry Pinedo Inin Metsa, Roldán Pinedo Shoyan Shëca, Cordelia Sánchez Pesin Kate, Jessica Silvano, Colectivo Soi Noma e Elena Valera Bawan no circuito internacional de arte contemporânea.

 

 Nos últimos dez anos, a arte peruana conquistou grande presença internacional. “Todo mundo quer saber o que está acontecendo com a arte amazônica, que é, claro, arte contemporânea e está no mesmo nível de qualquer outro artista do mundo”, comenta Costa.

 

 Mostrar a arte amazônica no cenário global não apenas torna os artistas indígenas visíveis, mas também convoca à reflexão sobre a importância de preservar e celebrar as culturas nativas. Essas expressões artísticas, carregadas de histórias e saberes ancestrais, fazem parte do Peru há gerações e são fundamentais para a compreensão de sua identidade cultural. Com uma próxima edição que promete se renovar como todos os anos, a Pinta Lima reafirma seu compromisso com a arte latino-americana e, principalmente, com a arte peruana. Num mundo cada vez mais globalizado, já não se trata apenas de mostrar arte em vitrines, mas de garantir que as vozes locais encontrem um eco internacional. Fonte