Os Prêmios Gorrita Azul iniciam sua segunda edição para conscientizar sobre a arte contemporânea mexicana
Cidade do México, 22 de janeiro (EFE).- Os Prêmios Gorrita Azul começaram como uma “brincadeira” nas redes sociais, mas agora, em sua segunda edição com júri profissional, os prêmios que reconhecem o talento artístico e cultural mexicano se tornaram uma oportunidade para dar “visibilidade” aos atuais criadores nacionais, disse seu diretor, Mario García Torres, na quarta-feira.
“O objetivo dos prêmios é justamente dar mais visibilidade às pessoas que estão trabalhando no México (...) aqui temos muita gente trabalhando duro e com muito pouco orçamento e muito pouca visibilidade”, reconheceu o criador visual da o Museu Jumex, um dos símbolos da arte contemporânea na Cidade do México.
García explicou em entrevista coletiva que, além do voto do público, um júri profissional será o encarregado de “formalizar” o prêmio azul.
Alguns deles serão membros do ano passado, incluindo o curador de Arte Latino-Americana da Tate Modern (Londres), Tobias Ostrander; pela diretora da Coleção Isabel e Agustín Coppel (CIAC), Magnolia de la Garza, e pelo curador Alejandro Romero.
“Este júri está conosco desde o ano passado. Pensando nessa novidade, achei importante que alguns deles repitam seus trabalhos nessa versão e assim pensem em perspectiva e na história da premiação", ressaltou.
Novos membros do júri
A essa lista de profissionais se somam também a curadora e diretora do Festival Tono, Samantha Ozer, e os artistas contemporâneos Fernando Gress e Alicia Valladares, que receberam o Prêmio Gorrita Azul na categoria de curadora do ano em 2024.
"Eu nunca tinha sido reconhecido como artista em um espaço alternativo, que muitas vezes são espaços que lutam muito para serem representados e competem com galerias e instituições, mas nós, artistas, continuamos trabalhando lá", disse Valladares sobre seu envolvimento neste prêmio.
O curador considerou que "La Gorrita (Azul) dá à comunidade o reconhecimento que ela precisa, os encoraja, os motiva a trabalhar mais a cada ano".
Seu colega Gress também destacou que com esses prêmios, “podemos expandir o radar de artistas do país, além da cena local da Cidade do México”.
“Ver o que eles estão fazendo em Tijuana, em Yucatán, nos estados, em todos os lugares, incluindo esses espaços mais alternativos, também é o objetivo”, acrescentou.
As próximas nomeações
No mesmo espírito de expansão e diversidade, García comentou que é por isso que a Gorrita Azul conta com 13 categorias de nomeação, desta forma elas "se apoiam" para ter um grande número de distinções.
“Existem muitos prêmios no mundo e sempre há apenas um ganhador (...) Aqui quando enfrentamos esse problema, de como manter a cena artística apoiando-se mutuamente e expandindo-a, não precisávamos de um prêmio, de um ícone que estava presente na mídia, mas sim o máximo que podíamos fazer", explicou.
García anunciou que os nomeados para esta última edição serão revelados no dia 9 de fevereiro na Soho House, tal como na versão anterior, e será no dia 10 do mesmo mês que estes nomes serão publicados no site dos Prémios Gorrita Azul para votação. geral. EFE
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