Curador de arte colombiano estreou na 24ª Bienal de Sydney, Austrália
Nesta ocasião, este evento marcante conta com a codireção artística dos curadores Inti Guerrero, da Colômbia, e Cosmin Costinaș, da Romênia.
Na 24ª edição da Bienal de Sydney, na Austrália, intitulada Ten Thousand Suns e considerada o maior evento internacional de arte contemporânea da região Indo-Pacífico que encerrará no dia 10 de junho, participam 116 artistas e grupos de 45 países e territórios.
Os países participantes, cujos artistas foram selecionados por partilharem práticas enraizadas em diversas comunidades e vocabulários artísticos, incluem: Austrália, Brasil, Hong Kong, Índia, Indonésia, Japão, Maldivas, México, Nigéria, Singapura, Taiti e Ucrânia.
Nesta ocasião, este evento marcante conta com a codireção artística dos curadores Inti Guerrero, da Colômbia, e Cosmin Costinaș, da Romênia.
De referir que Guerrero já realizou exposições na Ásia, América Latina, África Ocidental, Europa, Estados Unidos e agora na Oceânia.
Anteriormente, foi distinguido como Estrellita B. Brodsky Curador Associado de Arte Latino-Americana na Tate em Londres (2016-2020) e diretor artístico de Bellas Artes Projects em Manila (2018-2021).
Formou-se na Universidade de Los Andes e estudou na Universidade de São Paulo no Brasil, onde foi curador de exposições no Museu de Arte Moderna de São Paulo e no MAR-Museu de Arte do Rio.
Na Colômbia, Guerrero integrou a equipe curatorial do 44º Salão Nacional dos Artistas (2016) e atualmente mora em Berlim.
Sobre a 24ª Bienal de Sydney, que acontece em diversas instituições de prestígio da cidade australiana como o Museu Australiano de Arte Contemporânea, a Galeria de Arte de Nova Gales do Sul, as Galerias UNSW e a icônica Ópera de Sydney, entre outros, os diretores artísticos Costinaș e Guerrero afirmou o seguinte:
“Ten Thousand Suns baseia-se no reconhecimento de uma multiplicidade de perspectivas, cosmologias e formas de vida que sempre entrelaçaram o mundo sob o sol. Uma multiplicidade de sóis transmite imagens ambíguas. Evoca um mundo ardente, tanto em várias visões cosmológicas como no nosso momento de emergência climática. Mas também transmite a alegria das multiplicidades culturais afirmadas, das concepções de cosmos dos povos originários colocadas em primeiro plano e dos carnavais como formas de resistência em contextos que superaram a opressão colonial. A 24ª Bienal trabalha com estas diferentes camadas de significado, reconhecendo as profundas crises ecológicas decorrentes da exploração colonial e capitalista, mas ao mesmo tempo recusando ceder a uma visão apocalíptica do futuro. A Bienal propõe, ao contrário, formas de resistência solares e radiantes que afirmem as possibilidades coletivas em torno de um futuro não só possível, mas necessário para viver na alegria e na plenitude.