A arte latino-americana está de luto pela morte de Botero.

A arte latino-americana está de luto pela morte de Botero.

O pintor e escultor, conhecido pelas suas figuras volumosas, faleceu na sua residência no Principado do Mónaco às 9 horas locais.

A causa de sua morte é atribuída a problemas respiratórios que o afligiram durante a última semana de vida.

Botero, que sofria de Parkinson há vários anos, lutou contra uma pneumonia que lhe dificultou a respiração nos últimos dias.

Segundo sua filha, Lina Botero, a deterioração de sua saúde foi agravada pela perda de sua esposa, Sophia Vari, que morreu de câncer em maio deste ano.

A saída de sua musa e companheira de 48 anos de casamento foi um duro golpe emocional para o artista.

Apesar dos desafios da doença, Botero nunca parou de criar.

Continuou trabalhando em sua oficina, produzindo aquarelas até os últimos dias.

A carreira de Fernando Botero e suas obras emblemáticas

Fernando Botero, nascido em Medellín em 1932, destacou-se como um dos mais importantes artistas latino-americanos do século XX.

Ao longo de sua prolífica carreira, criou mais de 3.000 pinturas e 300 esculturas.

O seu estilo único, caracterizado por figuras robustas e volumosas, fez dele uma referência da arte contemporânea.

Suas obras podem ser vistas em museus e espaços públicos de todo o mundo, de Paris e Veneza a Bogotá, Xangai e Cingapura.




Desde cedo Botero demonstrou seu talento artístico, participando como ilustrador do jornal El Colombiano na adolescência e vendendo seus desenhos na praça de touros de Bogotá aos 15 anos.

A sua carreira levou-o à Real Academia de Arte de San Fernando, em Madrid, onde deixou uma marca no cenário artístico internacional.

Além do seu contributo para o mundo da arte, Botero destacou-se pela sua paixão pelas touradas, apresentando a exposição "La Corrida" em 1992 e defendendo esta tradição espanhola.

Ao longo de sua carreira, recebeu inúmeros prêmios e reconhecimentos, incluindo o Prêmio Internacional Guggenheim em 1957, a Ordem de Andrés Bello em 1976, a Cruz de Prata da Ordem Boyacá em 1977 e a Legião de Honra Francesa em 2002, entre outros.

A saída de Fernando Botero deixa um vazio no mundo da arte e no coração de quem admirava seu talento e criatividade.

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