Porto recebe a ‘Arte Pela Palestina’

Porto recebe a ‘Arte Pela Palestina’

Porto recebe a ‘Arte Pela Palestina’ e junta-se ao grito coletivo por justiça em apoio à causa palestiniana

De 1 a 3 de maio, a cidade do Porto recebe a Arte Pela Palestina e junta-se ao grito coletivo por justiça em apoio à causa palestiniana, celebrando a resiliência através da música, do cinema, de exposições e de oficinas artísticas.

Depois de duas edições marcadas pela força da arte como forma de resistência, a Arte Pela Palestina chega pela primeira vez ao Porto. De 1 a 3 de maio, os espaços da Mala Voadora, do Amparo 99 e do Passos Manuel abrem as suas portas para receber uma programação intensa que cruza múltiplas linguagens artísticas com o apelo urgente à solidariedade internacional com o povo palestiniano.
O cinema abre caminho logo no dia 1 de maio, com a estreia de “Filme Pela Palestina”, um cadáver esquisito audiovisual criado por cineastas e artistas portugueses. De seguida, o ecrã dá voz à infância palestiniana com uma mostra de filmes de animação realizados por crianças de Gaza. A 2 de maio, a sessão “Palestina Animada” apresenta curtas-metragens em colaboração com o MPPM, seguida do documentário “Gaza.mp4” de Mohanad El Masri, Diaa Lagan e Fuad Halwani e de uma conversa com os realizadores. No dia 3, há destaque para “Arna’s Children” de Juliano Mer-Khamis que contará com um momento de reflexão após a exibição e “The Teacher” de Farah Nabulsi.

Haverá espaço para várias exposições que multiplicam olhares e técnicas, com destaque para a mostra coletiva do Leilão Solidário Arte Pela Palestina, a exposição “Ilustradores pela Paz na Palestina”, e ainda “Skateboarding is not a crime, genocide is”, patente no Amparo 99. A ilustração como forma de resistência é também tema de debate, com a participação de membros do MPPM e de artistas representados nas exposições, seguido da apresentação do livro “Que luz estarias a ler?” da autoria de João Pedro Mésseder e Ana Biscaia

Quanto à programação musical, são muitos os artistas que se juntam para celebrar a diversidade de vozes e ritmos. No dia 2, Samy Zeghmati e Frederica Vieira Campos (harpa) atuam na Mala Voadora. A 3 de maio, os concertos e performances estendem-se entre o auditório e o club do Passos Manuel, com Jamila Al-Yousef, Gil Mac e Henrique Ferrara, System Sophie, GAM, Peter Mor e Catarina Silva, Kaldvind e Septimal C, Lynce e Tendency.

Tal como nas edições anteriores, também os workshops criativos estão de regresso. Alexandre Esgaio dinamizará uma oficinas de zines, enquanto Tiago Robalo estará responsável por uma oficina de origami para crianças e o coletivo As Sentadas propõe uma oficina de stickers.

No palco, o teatro e a dança irão dar corpo à memória e à denúncia. Destacam-se a peça teatral “O Meu Nome é Rachel Corrie”, pela companhia 100 Dramas, e “Malva”, de Leonor Keil, um espetáculo de dança de participação preocupada.

Durante três dias, a cidade do Porto transforma-se-á num espaço de encontro, compromisso e participação ativa. Através da arte — nas suas mais diversas formas — recordamos que a cultura também é trincheira, e que estar com a Palestina é uma escolha ética e política. A entrada é livre, com um apelo a um donativo solidário.

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