The contemporary and modern art fair

The contemporary and modern art fair

América Latina presente na Art Basel em Miami: quem foram os artistas hispânicos de maior destaque nesta edição

A feira de arte contemporânea e moderna encerrou a sua 22ª edição com a presença de mais de 75 mil pessoas e “vendas excepcionais”. Durante a semana, a América Latina conquistou lugar de destaque com mais de 40 galerias e artistas da região participando do que aos poucos se torna o epicentro da arte americana.


A feira Art Basel Miami Beach encerrou sua 22ª edição com a presença de mais de 75 mil pessoas e “vendas excepcionais”. A maior feira de arte contemporânea do país expôs obras de alguns dos principais artistas contemporâneos do mundo, mestres do século XX e vozes emergentes que fazem parte de diferentes coleções públicas e privadas. Entre o mix de vozes criativas, a América Latina conseguiu ter lugar de destaque: mais de 40 galerias e artistas da região tiveram lugar na feira.

A edição deste ano da Art Basel, que terminou no passado domingo, reuniu um total de 286 galerias de 38 países e territórios, distribuídas em seis secções que se estendiam por mais de 46 mil metros quadrados. Foram 34 galerias que fizeram sua estreia na feira, constituindo o maior número de galerias que desembarcaram na Art Basel pela primeira vez em mais de uma década.

Além disso, participaram representantes de mais de 230 museus e fundações de todo o mundo, incluindo o Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York, o Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba), o museu Reina Sofía na Espanha e o Tate de Londres.
Embora o número de visitantes que o Centro de Convenções de Miami Beach recebeu nesta edição tenha sido inferior ao do ano passado – a organização reportou 79 mil pessoas em 2023 – a “sólida procura e vendas excepcionais” fizeram com que os organizadores deste ano o considerassem um sucesso.
As vendas ocorreram principalmente nos primeiros dias da feira, quando convidados VIP, como Leonardo DiCaprio e Jared Leto, e colecionadores como Steve Wynn, Leon Black e Dan Sundheim abriram a edição e fizeram suas ofertas pelas obras. As vendas continuaram, lideradas pela galeria Hauser & Wirth, que vendeu Untitled, uma pintura de David Hammons, por US$ 4,7 milhões; além de outras 19 peças no valor total de 15 milhões. Entre as vendas, destacou-se também o quadro Redes Infinitas, de Yayoi Kusama, por 3,5 milhões de dólares, através da galeria David Zwirner, e um de Georg Baselitz, por 2,63 milhões, vendido por Thaddaeus Ropac.
América Latina presente no epicentro da arte americana

Desde quarta-feira, quando o evento abriu as portas para visitantes VIP, obras de latino-americanos, como o mexicano Damián Ortega, o peruano Roberto Huarcaya, o brasileiro Ernesto Neto, o uruguaio Guillermo García Cruz, o artista de ascendência cubana José Parla e os argentinos Chiachio & Giannone foram expostos ao lado de nomes de artistas renomados do mercado. As cores vibrantes, as grandes dimensões e as texturas marcantes de suas obras tiveram eco único entre visitantes e colecionadores.
Enquanto isso, as 43 galerias de diferentes latitudes da América Latina, como a mexicana OMR, Gaga, Proyectos Monclova e a brasileira Luisa Estrina, também tiveram um efeito magnético. Assim, as propostas artísticas da região continuam a entrar no circuito da arte, noticiou a revista Architectural Digest.

García Cruz, José Parla, Huarcaya e Chiachio & Giannone estiveram entre os 18 artistas que criaram peças de grande formato. Meridianos, seção dedicada a instalações e peças de grande formato, destaca a criação artística na América Latina.

Para criar a série de imagens intitulada Amazogramas, uma instalação de fotogramas de 30 metros, o peruano Huarcaya capturou as imagens na selva de seu país e as revelou utilizando água de rios próximos. O tamanho da obra aumentou pela sala, obrigando os participantes a percorrer as silhuetas das plantas.

Por sua vez, a peça da dupla queer argentina Chiachio & Giannone, La Famille Dans La Joyeuse Verdure, atraiu diversas atenções. A tapeçaria exuberante e colorida que o casal fez como autorretrato de família com o cachorro levou seis anos para ser feita.
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