Curadores convidados da feira detalham a seleção de galerias que participarão
obras de artistas como Wilfredo Lam, Diego Rivera, Ana Gallardo e Leonora Carrington, são algumas das que estarão presentes na 21ª edição da feira de arte Zona Maco.
“É uma das edições mais internacionais de todas”, afirmou Direlia Lazo, diretora criativa da feira, em conferência de imprensa.
Esteban King, curador responsável pela seção de arte moderna, explicou que participarão 12 galerias, principalmente do México, mas também estarão presentes algumas dos Estados Unidos e da Colômbia.
“A secção de arte moderna é um convite para ver peças emblemáticas do século XX, mas também para ver como estas peças nos desafiam”, declarou King.
A arte latino-americana dominará esta seção, mas também dizem que haverá abundância de peças de artistas do movimento surrealista, por ocasião do seu centenário, comemorado no ano passado.
“Destaca uma grande variedade de peças femininas relacionadas com o movimento, especialmente de Leonora Carrington”, acrescentou.
Na Zona Maco Ejes, liderada por Bernardo Mosqueira, curador-chefe do Instituto de Estudos de Arte Latino-Americana, explicou que o tema da seção é a liberdade, seu objeto de pesquisa.
Acho que é urgente. Como disse Paul Valéry, liberdade é uma daquelas palavras que tem mais valor do que sentido, que pergunta, em vez de responder; É uma palavra que deixa a sua marca na teologia, na metafísica, na moral e na política; É uma palavra útil em polêmicas, dialética e oratória. Portanto é uma palavra que tem sido usada tanto em discursos de Mahatma Gandhi como de Donald Trump, da Ku Kux Klan e dos Panteras Negras, por isso é importante discuti-la”, explicou.
Mosquera destacou que participarão da seção 37 galerias, com 70 artistas de mais de 25 países que lidam com mídias e estratégias variadas, alguns trabalham com temas mais políticos ou filosóficos e outros abordam mais a relação entre liberdade e arte.
Na Zona Maco Sur, com curadoria de Manuela Moscoso (diretora do Centro de Pesquisas Artísticas e Alianças), destacam-se os temas memória, identidade e tensões culturais.
“Este ano o que quero destacar são práticas que questionam narrativas dominantes e celebram a diversidade. A secção não quer criar ideias fechadas, mas sim o que é a produção em geografias como a nossa”, disse Moscoso.
A Zona Maco, que decorrerá de 5 a 9 de fevereiro, acolherá também secções dedicadas ao design, fotografia e antiguidades.
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