Arte rupestre recém-descoberta na Venezuela

Arte rupestre recém-descoberta na Venezuela

Arte rupestre recém-descoberta revela cultura desconhecida na América Latina

Segundo pesquisadores, a arte rupestre tem cerca de 4 mil anos e foi localizada no Parque Nacional Canaima, na Venezuela

Arqueólogos descobriram 20 sítios de arte rupestre que datam de milhares de anos no Parque Nacional Canaima, no sudeste da Venezuela. Segundo eles, as pinturas recém-descobertas representam uma nova cultura até então desconhecida.

Arte rupestre recém-descoberta na Venezuela (Imagem: José Miguel Pérez-Gómez/Universidade Simón Bolívar)
Desenhos tinham um significado ritual
Alguns dos desenhos, chamados pelos pesquisadores de “pictogramas”, foram feitos em vermelho e retratam linhas de pontos, padrões em forma de estrela e linhas retas que se conectam para formar uma variedade de figuras.
Há, ainda, representações simples de folhas e de pessoas.
Não está claro por que as pessoas daquela época fizeram os desenhos.
Mas, de acordo com a equipe, “definitivamente esses sinais tinham um significado ritual”.
Os arqueólogos explicam que as diferentes representações podem estar relacionadas ao nascimento, doenças, renovação da natureza ou boa caça.
Arte rupestre pode ter mais de 4 mil anos
Embora não se saiba exatamente a idade da arte rupestre, obras semelhantes localizadas no Brasil foram datadas de cerca de 4 mil anos atrás. Apesar disso, os pesquisadores acreditam que as pinturas descobertas na Venezuela podem ser ainda mais antigos.

O Parque Nacional Canaima engloba florestas e terrenos montanhoso, além da Angel Falls, a cachoeira mais alta em terra do mundo. Para a equipe, este parque pode ter sido o “marco zero” onde essa cultura misteriosa se desenvolveu pela primeira vez antes se dispersar para locais mais distantes, como o rio Amazonas, as Guianas e até o sul da Colômbia. Todas estas regiões apresentam exemplos de artes rupestres semelhantes aos encontrados na Venezuela.
Restos de cerâmica e ferramentas de pedra também foram encontrados nos 20 locais. Os materiais podem ter sido usados pelas mesmas pessoas que criaram as obras. No entanto, mais pesquisas precisam ser realizadas para determinar se esta opção é realmente viável. As informações são da Live Science.
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