O filme mexicano The Kitchen, escrito e dirigido por Alonso Ruizpalacios, ganhou o prêmio de Longa-Metragem de Ficção, narrando a vida de um imigrante ilegal que trabalha em um restaurante nova-iorquino.
Os filmes La Cocina, do México, e Jockey, da Argentina, foram os grandes vencedores da 45ª edição do Novo Cinema Latino-Americano, cujos Prémios Coral foram entregues esta sexta-feira em Havana, Cuba.
O filme mexicano, escrito e dirigido por Alonso Ruizpalacios, ganhou o prêmio de Longa-Metragem de Ficção, narrando a vida de um imigrante ilegal que trabalha em um restaurante nova-iorquino com a vã esperança de viver o chamado “sonho americano”.
O filme também ganhou prêmios em Montagem, para Yibran Azuad; Som, para Javier Gutiérrez, e Fotografia, para Juan Pablo Ramírez.
Recebeu também um dos prêmios colaterais, concedidos pela Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica (FIPRECI).
O filme argentino, do diretor Luis Ortega, triunfou na categoria Melhor Direção, e também venceu os Coros de Performance Masculina e Feminina, com Nahuel Pérez e Úrsula Corberó, e o prêmio de Direção de Arte dividido por Julia Freid e Germán Naglieri.
O longa-metragem, uma mistura de suspense e drama psicológico, já ganhou o Prêmio Horizontes de melhor filme latino-americano no Festival de San Sebastian deste ano e foi indicado ao Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza.
O melhor roteiro foi escolhido para o filme boliviano O Ladrão de Cachorros, escrito e dirigido por Vinko Tomicic, que conta a história de um jovem órfão que trabalha como engraxate e decide roubar o cachorro de seu melhor cliente, um alfaiate solitário a quem ele Ele começou a imaginar como seu pai.
O prêmio de Melhor Documentário foi para Apocalipse nos Trópicos, da diretora brasileira Petra Costa, enquanto em Curta Metragem o prêmio foi entregue a Fieras, do colombiano Andrés Felipe Ángel, e em Animação, a Olivia e as Nuvens, do dominicano Tomás Pichardo-Espillat. .
“Conseguimos de novo”, sublinhou na cerimónia de entrega de prémios o presidente do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica (ICAIC), Alexis Triana, em referência aos 45 anos do Festival.
O gestor destacou que “parecia um sonho impossível enfrentar uma crise energética e reunir novamente Havana em meio ao bloqueio real e mais feroz” dos Estados Unidos.
Triana convocou a retomada, em março do próximo ano, de um seminário internacional para discutir o cinema em seu papel cultural, por ocasião do centenário do falecido intelectual cubano Alfredo Guevara, fundador do Festival e da Fundação do Novo Cinema Latino-Americano, entidade com sede em Havana.
Por sua vez, a diretora do evento, Tania Delgado, afirmou que durante estes dias tem havido um festival de cinema, baseado no reencontro com obras que estão entre o melhor da cinematografia latino-americana e internacional.
Embora os prêmios tenham sido entregues, as exibições continuarão até domingo nas seis maiores salas de cinema da capital cubana, a maioria localizada na central Avenida 23.
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