Venezuelano é o único artista latino-americano vivo com obra exposta no Museu do Louvre
O artista plástico venezuelano Elias Crespin alcançou um marco significativo em sua carreira ao ter seu trabalho exposto no prestigiado Museu do Louvre, em Paris, França. Desde 2020, sua peça intitulada L'Onde du Midi, composta por 128 hastes de metal, faz parte desta emblemática coleção de belas artes, tornando-se o único latino-americano vivo a possuir uma obra neste renomado museu.
Em entrevista recente a Alejandra Oraa, Crespin contou como seu trabalho chamou a atenção do presidente do Louvre durante uma exposição, que motivou um encontro e seu convite para exibi-lo no museu. “Foi um golpe de sorte”, disse o artista, que se sente honrado por ser um dos poucos artistas vivos cujas obras estão no Louvre.
O trabalho de Crespin é reconhecido pela sua fusão inovadora de cinetismo, matemática e programação. L’Onde du Midi não foge à regra, pois as suas hastes metálicas movem-se no ar, criando uma coreografia regulada por algoritmos numéricos. Esta interação entre arte e tecnologia tem chamado a atenção, embora a sua presença no Louvre tenha passado despercebida entre muitos venezuelanos.
Recentemente, o museu decidiu realocar a esfinge egípcia, que ficava no térreo, para instalá-la no primeiro andar, logo abaixo do L'Onde du Midi. Crespin destacou que este arranjo gera um diálogo entre a antiguidade egípcia e a modernidade urbana, criando o que ele descreve como um “telescópio histórico”.
A presença de Crespin no Louvre não só destaca o seu talento individual, mas também a importância da arte latino-americana no cenário internacional, estabelecendo uma ponte entre o passado e o presente através do seu trabalho inovador.
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