Em setembro de 2024, o Museu Nacional da Dinamarca devolveu ao Brasil um manto cerimonial tupinambá do século XVI. O manto, feito com cerca de 4.000 penas de íbis escarlate, é considerado sagrado pelo povo tupinambá.
A cerimônia de repatriação ocorreu no Museu Nacional do Rio de Janeiro e contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra dos Povos Indígenas Sônia Guajajara e de mais de 200 representantes tupinambá. O evento foi marcado por rituais e danças tradicionais, simbolizando a importância espiritual do artefato
No entanto, há debates sobre o destino final do manto. Muitos defendem que ele deveria permanecer na Bahia, dentro do território tupinambá, onde possui um significado cultural e ancestral profundo. Atualmente, está previsto que faça parte da exposição do Museu Nacional do Rio em 2026, quando a instituição reabrir após o devastador incêndio de 2018.
A devolução do manto faz parte de um movimento maior de restituição cultural indígena, no qual instituições europeias estão devolvendo cada vez mais objetos sagrados às suas comunidades de origem.
Latamarte