Tudo sobre a presença argentina na grande semana de arte de Madri

Até domingo, 9, doze galerias participam das feiras ARCO, UVNT e JustMad, além de se apresentarem em uma exposição na Casa de América, durante os dias mais movimentados do ano na capital espanhola.
Madri vive a semana de arte mais importante do ano, com o desenvolvimento da ARCOmadrid, sua tradicional feira de arte que celebra sua 44ª edição; UVNT, evento que comemora sua nona edição, e JustMad, que comemora sua 16ª edição, da qual participarão 12 galerias argentinas, além de uma exposição com participação nacional na Casa de Américas.
O ponto de partida foi a entrega do Prêmio de Mecenato Internacional ao empresário e colecionador argentino Eduardo F. Costantini, na Real Academia de Belas Artes de San Fernando, e segue até 9 de março, quando será desenvolvido um programa de promoção de suas artes visuais, a exemplo do que já ocorreu no México e em Miami, em uma iniciativa realizada em parceria entre o Ministério de Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto; a Embaixada Argentina na Espanha; Agência Argentina de Investimentos e Comércio Internacional; a Secretaria de Cultura da Nação, Meridiano, Câmara Argentina de Galerias de Arte Contemporânea e a Fundação Arteba.

A iniciativa, informaram, “busca consolidar a projeção internacional da arte contemporânea argentina, com atividades estratégicas dirigidas a colecionadores, curadores, críticos e compradores internacionais” a partir de uma série de atividades pensadas para maximizar o impacto da presença nacional, incluindo encontros de networking, visitas guiadas exclusivas para potenciais compradores e ações de posicionamento em plataformas-chave do setor.
Entre as galerias associadas ao Meridiano e aquelas que não estão, a participação se dá por meio de Del Infinito, Herlitzka & Co, Nora Fisch, Rolf Art, Ruth Benzacar, W-galería, Isla Flotante, na ARCOmadrid; NN e Valerie’s Factory, na UVNT, e Julia Baitalá, Azur e Valk Gallery, apresentadas em conjunto com o projeto Skiascope, na JustMad.

ARCOmadrid, da qual participam 214 galerias de 36 países no IFEMA, se concentrará na Amazônia, sob o título “Wametisé: ideias para um futurismo amazônico”, em um programa com curadoria de Denilson Baniwa e María Wills, em colaboração com o Instituto de Estudos Pós-naturais, no qual serão exploradas novas formas de criação que integram elementos humanos, vegetais, físicos e metafísicos.
A galeria Recoleta apresenta uma seleção de peças do Teatro Proletário de Cámara do escritor e artista visual argentino Osvaldo Lamborghini, criadas durante seu exílio em Barcelona na década de 1980. São mais de 500 páginas que reúnem manuscritos, desenhos, colagens, pinturas e experimentos gráficos inclassificáveis, muitos deles criados em suportes precários, como “folhas quadriculadas de cadernos escolares”.

Irmão do escritor Leónidas Lamborghini, Osvaldo tornou-se postumamente uma figura da literatura e da arte contemporâneas, já que durante sua vida, quando publicou apenas três livros, suas obras circularam de forma “clandestina, contracultural, em fotocópias ou de mão em mão”.

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