A Não Bienal celebra sua segunda edição no Equador com 147 representantes da arte e arquitetura latino-americanas.
8 dias de celebração da arquitetura em 12 cidades de norte a sul do Equador. O evento, denominado "não bienal" em contraste com a estrutura de competição que caracteriza as bienais tradicionais da disciplina, celebrará sua segunda edição entre 25 de março e 1º de abril de 2025. Parte dos objetivos desta nova edição é demonstrar que há unidade no Equador, na resistência às estratégias discursivas políticas divisivas. A Escola Radical sustenta que "não se trata de centralidade ou descentralização, mas simplesmente de compartilhar sem competição".
A Escola Radical é uma escola formal fundada em 2019, cuja abordagem coletiva ao conhecimento é baseada na experiência, na desconstrução e no reconhecimento da diversidade e das comunidades antigas em locais de resistência natural. Em 2024, organizaram a primeira versão da não bienal na Cidade do México, concebida como um espaço de análise crítica da realidade exposta na mídia. O evento surgiu como um espaço de acesso a informações sobre outras realidades latino-americanas, sem estrutura competitiva, comitês de seleção, qualificações ou cotas de participação.
Esta primeira edição reuniu mais de 100 expositores do México, Equador, Peru, Colômbia, Costa Rica, Chile, Argentina, Venezuela, Bolívia, Itália e Espanha. Representantes de diversas áreas, como pintura, poesia, escultura, música, gravura, psicologia, artes performáticas, realidade aumentada, mapeamento, arquitetura, cidade e território organizaram um festival de três dias de palestras, conversas, atividades e celebrações. Este ano, tanto o tempo quanto os locais são multiplicados para ampliar as oportunidades de intercâmbio em torno da realidade latino-americana contemporânea.
O evento é aberto ao público, assim como a admissão. Com foco na participação direta e na possibilidade de gerar encontros genuínos e presenciais, a chamada deste ano inclui uma grande variedade de indivíduos, coletivos e projetos. As exposições abrangem desde o universo da criação artística experimental com representantes como PepaLab, Manifiesto Lab e Nos solo de pan vive el hambre (Só vivemos de pão), a prática e construção da arquitetura com o trabalho de estúdios como NOMA, REST Arquitectura, Estudio YURA, Bambu Lab e doT+ Architects, estúdios urbanos e culturais como Licuadora Gestora, Urban Sketchers Riobamba e Matéricos Periféricos, até práticas editoriais com representantes como Nicolás Valencia e Guillermo Romero (Microcuentos de arquitectura).
Outras novidades recentes no campo da arquitetura latino-americana incluem a publicação dos temas de exposição dos pavilhões peruano e uruguaio na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2025. O primeiro evoca o antigo conhecimento construtivo dos povos Uros e Aymara, enquanto o último apresenta questões culturais e materiais em torno da água. No Chile, o escritório de Alejandro Aravena, ELEMENTAL, está construindo um protótipo de moradia de emergência em Viña del Mar, enquanto no México, La Cuadra San Cristóbal, projetada por Luis Barragán, está aberta ao público como um centro cultural.