Artes visuais em 2024: ano de expansão internacional e crescimento local
A Bienal de Veneza, considerada a exposição de arte mais importante do mundo, recebeu em 2024 as obras das paraguaias Juana Marta Rodas e Julia Isídrez. O trabalho dos ceramistas Iteña integrou a exposição do curador principal Adriano Pedrosa.
As peças foram localizadas no espaço central de um dos pavilhões do evento, que aconteceu de 20 de abril a 24 de novembro.
Isídrez esteve na Itália acompanhando a inauguração. Também apresentou exposição individual na galeria Kasmin, em Nova York, Estados Unidos; e expôs seus trabalhos na sala Miró da sede da UNESCO em Paris, França.
A artista paraguaia Claudia Casarino também realizou exposições individuais em galerias de São Paulo, Brasil; e Montevidéu, Uruguai; além de fazer parte da exposição “Quanto pesa o amor?”, no Centro Cultural Recoleta, em Buenos Aires, Argentina.
Coletivamente, artistas paraguaios participaram com suas obras na feira ArteCo de Corrientes, no Festival Internacional de Arte Contemporânea ART.MO no Peru, no Centro Cultural Pepe Dámaso nas Ilhas Canárias (Espanha) e na Casa de América Latina em Lisboa (Portugal).
Outros artistas paraguaios que se destacaram internacionalmente com suas obras foram Marco Benítez, Lili Cantero, Alfredo Quiroz, Bernardo Puente, Enrique Collar, entre outros.
A curadora paraguaia Lía Colombino também foi responsável por diversas exposições na Espanha como: “A beleza do possível” e “A alma das coisas”, nas Ilhas Canárias; e “A eloquência da Imagem. Català-Roca na América” no Museu da América, em Madrid.
O Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba) adquiriu a obra “Guri” da artista paraguaia Lotte Schulz (1925-2016), para incorporá-la ao seu acervo.
No âmbito local, também foi um ano bastante movimentado, com iniciativas que buscam aproximar a arte do público paraguaio. Um deles foi Muvi (Museu Vivo) que apresentou o projeto “O roubo do século” no Museu Nacional de Belas Artes, bem como a instalação “Arroyito”, de Mónica González, na piscina do Parque Caballero.
O MNBA também acolheu uma exposição de obras de Darío Cardona e uma retrospectiva do lembrado escultor Gustavo Beckelmann.
No ano que acaba de passar, o governo da França concedeu ao colecionador e mecenas Nicolás Dario Latourrette Bo a distinção de Comendador da Ordem das Artes e Letras; enquanto a curadora Adriana Almada e o artista visual Félix Toranzos receberam este reconhecimento na categoria de Cavaleiros.
Em 2024 também foram cadastrados novos espaços de artes, como a Casa de Integração CAF, que acolheu diversas exposições e palestras como as da terceira edição da Pinta Sud Asu.
Em dezembro passado, a morte do artista visual Koki Ruiz chocou todo o país. No mês de março também foi registrada a morte do artista plástico Emilio Cutillo.
2024 também recebeu novas edições de eventos que estão se consolidando na agenda, como o Gallery Night, que comemorou sua década; a Feira do Oxigénio, a Noite dos Museus, a Feira Internacional do Livro Fotográfico, entre outras.
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