Feira Internacional de Música de Guadalajara

Feira Internacional de Música de Guadalajara

Mon Laferte e Violeta Parra apresentam ‘Recolectoras’, uma exposição onde as artes visuais dialogam com a música
A Feira Internacional da Música de Guadalajara (FIM GDL) apresenta uma exposição onde o passado e o presente unem gerações através de meios artísticos
A Feira Internacional de Música de Guadalajara (FIM GDL) celebra sua 10ª edição com uma homenagem inédita à icônica Violeta Parra. Por meio da exposição Recolectoras, um evento único em arte que busca destacar a importância artística de uma das figuras mais influentes da música e da cultura latino-americana.

No Museu de Artes de Guadalajara (MUSA), foi realizada uma coletiva de imprensa onde foram apresentados todos os detalhes desta exposição, que estabelece um diálogo entre a obra plástica de Violeta Parra e as criações de Mon Laferte.

O painel de discussão, composto exclusivamente por mulheres, destacou a importância do evento como ponte entre o passado e o presente, unindo gerações por meio da arte e da música.
A Dra. Margarita Hernández, coordenadora de extensão e difusão cultural da Universidade de Guadalajara, enfatizou o compromisso da instituição com o desenvolvimento artístico: "Com esta exposição, a Universidade de Guadalajara reafirma sua intenção de formar novos artistas e promover o crescimento das indústrias culturais, bem como seu maior compromisso com o desfrute das artes e expressões pela comunidade universitária e pela sociedade como um todo."

Por sua vez, Beatriz Sánchez, embaixadora do Chile no México, destacou o esforço coletivo que tornou Recolectoras possível, observando que “é um grande pedaço do Chile, é parte do seu coração, é parte do que somos”.
Na mesma linha, Maribel Arteaga, diretora do MUSA, destacou a importância da exposição: “É um projeto que não só destaca a rica tradição cultural do Chile, mas também estabelece uma ponte entre o passado e o presente da música e da arte latino-americanas. “É uma proposta inovadora que abre um diálogo profundo sobre criatividade, resiliência e legado cultural.”

Denise Elphik, diretora executiva do Museu Violeta Parra, enfatizou o impacto da homenagem na relação cultural entre o México e o Chile: “O fato de estarmos prestando homenagem a Violeta Parra no México marca um antes e um depois nas relações culturais que continuaremos a tecer.”
Violeta Parra e Mon Laferte: “Vou para aquele lugar rebelde”

A conferência também abordou o imenso legado de Violeta Parra. “Violeta viajou por todo o Chile, de norte a sul, e trabalhou com mulheres no interior do Chile. Ela colecionava, estudava, escrevia, fazia canções, compreendia, compartilhava, era muito generosa. A maneira de criar cultura deve começar aí: com generosidade, com carinho, com respeito”, disse Elphik.

Mon Laferte, que terá uma participação especial nesta homenagem, expressou sua admiração pela cantora e compositora chilena: “Violeta é a maior artista que o Chile já produziu e espero estar à altura de homenageá-la da melhor forma possível”. Ela também compartilhou como sua conexão com Parra influenciou sua carreira: “Quando tenho um bloqueio criativo, vou ler Violeta Parra, vou para aquele lugar rebelde.”

Com Recolectoras, a FIM GDL não apenas continua seu compromisso com a música, mas também expande seu alcance integrando outras expressões artísticas. Além disso, é uma homenagem que fortalece os laços culturais entre o México e o Chile. A feira se torna assim um ponto de encontro para inovação e diálogo interdisciplinar na arte latino-americana. A exposição permanecerá aberta ao público até 11 de maio de 2025.
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