O artista, que trabalha com obras de aço de grandes dimensões, apresenta cerca de 50 obras, algumas inéditas e outras releituras de trabalhos anteriores, com curadoria de Octavio Guastini e texto crítico de Sylvia
A Galeria de Arte André abre, neste sábado, dia 28 de outubro, sábado, das 11h às 15h, a exposição Formas, Tramas, Volumes, do artista Cássio Lázaro. Com curadoria de Octavio Guastini e texto crítico de Sylvia Werneck, a exposição traz cerca de 50 obras do artista paulistano, entre elas uma nova série inédita de trabalhos geométricos, além de releituras de obras anteriores. O artista trabalha com aço em diversos tamanhos e formas, e nos seus diversos tratamentos, como carbono, corten, inox, fosco e espelhado.
Cássio é autodidata e desenvolveu seus próprios métodos, e inclusive maquinário, para trabalhar com materiais densos e pesados como o aço em seu atelier. “(…) ele não foi submetido ao condicionamento do fazer artístico atrelado à longa (e, por vezes, engessada) tradição da história da arte, o que lhe brindou com total liberdade para explorar as potencialidades das formas e de suas próprias habilidades como artista”, afirma a crítica de arte Sylvia Werneck.
A respeito do trabalho do artista com o aço e metal, ela afirma que “submetido a determinadas escolhas estéticas, o aço é manipulado até atingir, por exemplo, a robustez de uma coluna maciça, os jogos de luz e sombra de um papel amassado ou a delicadeza de um tecido rendado. As cores entram em cena de maneira comedida, quase sempre monocromática, para que não atrapalhem a percepção volumétrica que o artista deseja suscitar no espectador”.
E complementa: “ver Cássio Lázaro trabalhar é um capítulo à parte. Diferente de muitos de seus contemporâneos, ele sente necessidade de executar, ele próprio, a maioria dos processos envolvidos na construção de suas obras. Ainda que haja um planejamento, é durante o processo que algumas decisões serão tomadas, à medida que as chapas metálicas vão sendo transformadas. Com frequência, o trabalho exige o uso de força bruta – marretar, queimar e serrar são atividades corriqueiras no ateliê”.
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