Uma exposição analisa as obras mais emblemáticas do casal de pintores Yente e Del Prete
A intimidade amorosa, criativa e cotidiana do casal de pintores Yente (Eugenia Crenovich) e seu marido Juan Del Prete está exposta na exposição "Del Prete - Yente. Durar la exaltación", na galeria Roldán Moderno, onde você pode visitar até em 10 de novembro.
Constituída por dois núcleos independentes, esta exposição apresenta um percurso que reflecte o extenso percurso de ambos os artistas, desde as primeiras experiências não figurativas na década de 1930, até aos diferentes momentos particulares pelos quais passaram e à experimentação com materiais.
O objetivo da exposição, com curadoria de Santiago Villanueva, é “apresentar a visão mais ampla possível dos artistas, levando em conta as coerências e os desvios, as obras mais visitadas pela historiografia, bem como peças mais estranhas e pequenas”. ao mesmo tempo, reflete as conexões desses artistas com a arte argentina contemporânea e seus vínculos com outros artistas latino-americanos."
Este projeto dá continuidade ao trabalho iniciado pela galeria de redimensionamento da obra de ambos, com a exposição individual de "Yente. Perfil de una precursora" e "Juan Del Prete. Pintura Montada Primicia" e com "Tudo é muito", organizado em colaboração com a Universidade Di Tella.
Juan Del Prete (1897-1987) foi uma das figuras centrais para o surgimento da arte contemporânea e um verdadeiro rupturarista que permaneceu à margem dos grupos. Nunca lançou manifestos e não se prendeu a nenhuma fórmula, suas concepções eram diversas como convém a um pintor não filiado a nenhuma facção artística.
Sua principal fonte expressiva foi a matéria e a cor, produzindo composições que alternavam figuração e abstração. Realizou as primeiras exposições de arte não figurativa na Argentina nos anos de 1933 e 1934 nos salões dos Amigos del Arte. A primeira com pinturas trazidas de Paris e a segunda com esculturas em gesso e arame.
Enquanto isso, Yente, Eugenia Crenovich (1905-1990), foi uma das pioneiras da arte abstrata na Argentina. Fez suas primeiras abstrações em 1937 e foi a primeira artista feminina do país a aderir a esse movimento. Durante mais de 50 anos manteve estas manifestações pictóricas, alternando-as com obras figurativas. Suas obras constituíram uma contribuição decisiva para a construção da arte moderna argentina e latino-americana.
A exposição poderá ser visitada na galeria Roldán, Juncal 743, até 10 de novembro, coincidindo com o fato de o Museu Moderno de Buenos Aires ser sede da Conferência anual CIMAM 2023 (Comitê Internacional de Museus de Arte Moderna), que irá ser realizada de 9 a 11 de novembro. (Telam)