A mexicana Betsabeé Romero instala esculturas em Nova York

A mexicana Betsabeé Romero instala esculturas em Nova York

A mexicana Betsabeé Romero instala esculturas em Nova York que dignificam a migração

Nova York, 24 de março (EFE).- A artista mexicana Betsabée Romero apresentou nesta sexta-feira uma série de esculturas instaladas ao ar livre em uma das grandes avenidas de Nova York, com as quais busca dignificar a migração e celebrar as culturas pré-hispânicas diante de as “desqualificações”, disse ele à EFE.

São cinco grandes peças intituladas 'Traços para lembrar', que realizou com as grandes rodas pretas características da sua obra, nas quais incorpora a iconografia das culturas ancestrais com desenhos de guerreiros, bordas geométricas ou tecidos coloridos.

Romero, ao lado de uma das enormes rodas localizadas em um jardim no canteiro central da Park Avenue, a leste do Central Park, explicou que concebe a arte como uma forma de resistência e vem "reciclando material, mas também tentando recuperar o que foi perdido para Duas décadas." "Ele foi atingido pela velocidade."

“Uso estes pneus para dignificar a memória, precisamente, dos migrantes que percorreram um caminho tão longo e difícil”, explica o artista visual, que convida os transeuntes a “vê-los, até a tocá-los” e, dirigindo-se aos milhares de migrantes que moram na Big Apple, para se sentirem valorizados.

“Que se sintam próximos de alguém que se orgulha deles, que se orgulha da sua cultura e que é contra todos estes menosprezos e desqualificações para com os migrantes”, afirma.

As esculturas, que ficarão na estrada até novembro, são o prelúdio da participação de Romero em evento colateral da Bienal de Veneza, onde representará o Museu de Arte Latino-Americana (Molaa) de Long Beach (Califórnia), o único nos EUA .USA dedicado à arte latino-americana e contemporânea latina.

A partir do dia 20 de abril, o artista apresentará a exposição “The Endless Spiral” na Fundação Bevilacqua La Masa, na Praça de São Marcos, que também aborda temas “das migrações, das fronteiras e de todos esses limites, separações, polarizações que “afetam nos muito hoje", disse ele.

“Acredito que a arte é um dos instrumentos que temos como humanos para ir contra ela”, concluiu. EFE