La Paz, 9 nov (Prensa Latina) A Fundação Cinemateca da Bolívia está hoje pronta para sediar o XX Festival de Cinema Latino-Americano e Caribenho, um verdadeiro festival da sétima arte, disse a diretora desta instituição, Mela Márquez.
“Como todos os anos, esperamos que as salas estejam lotadas e que o público desfrute das exposições de obras em arranha-céus que refletem a identidade desta região do mundo”, disse à Prensa Latina o diretor e produtor desta manifestação artística.
Márquez expressou alegria porque entre os dias 14 e 23 deste mês o público de La Paz terá contato direto com obras de alta qualidade.
Por sua vez, o embaixador venezuelano na Bolívia, César Trómpiz, disse a esta agência de notícias que, pela sua qualidade, o XX Festival de Cinema Latino-Americano e Caribenho emociona o público de La Paz.
Do cargo de presidente pro tempore do Grupo de Cultura Latino-Americana e Caribenha na Bolívia, Trómpiz informou que a exposição incluirá “10 exposições do melhor da sétima arte em nossa região e na Espanha, com acesso gratuito ao público”.
O diplomata manifestou-se confiante de que, tal como nos anos anteriores, esta proposta terá ampla participação.
Ao se referir à proposta venezuelana prevista para 23 de novembro, informou que se trata do filme Especial, que aborda a síndrome de Down.
“Este é um jovem com estas características especiais em transição para a idade adulta e que enfrenta as condições da sua família; “Ele mora com o pai, um percussionista frustrado”, antecipou. Ele descreveu que os cineastas abordam o tema com uma abordagem muito interessante sobre a incorporação desse jovem com características especiais na sociedade e sobre o tratamento que isso acarreta no contexto familiar.
Referindo-se à Bolívia, indicou que apresentará obras de grande valor cultural.
Salientou que cada noite a função terá início com a exibição de uma curta-metragem realizada pelo Museu de Etnografia e Folclore sobre as tradições e lendas dos povos originários, o que nos permitirá conhecer melhor a etnografia do Estado Plurinacional.
Algo relevante será a mais recente obra do mestre do cinema latino-americano e mundial Jorge Sanjinés, Os Velhos Soldados, anunciou, na qual recria a Guerra do Chaco na perspectiva de uma amizade.
“Para nós, a presença de Sanjinés nesta mostra é muito importante, ele é indispensável quando se trata de falar da história do cinema na nossa América e, diria, no mundo inteiro”, considerou o embaixador.
No âmbito da exposição, permanecerá aberta a exposição fotográfica intitulada Nossa gente, nossa cultura.
O dia começa no dia 14 de novembro com o filme brasileiro Los Ojos de Ernesto, dirigido por Ana Luiza Acevedo, e 24 horas depois haverá um momento especial com a exibição de Los Viejos Soldados, de Sanjinés.
A Colômbia estará representada no dia 16 com Quando as Águas se Juntam: Uma História de Mulheres e Paz, dirigido por Margarita Martínez.
Do diretor Fernando Pérez, será no dia 17 de novembro a exibição do filme cubano El Ojo del Canario.
Como país convidado, a Espanha participará no dia 18 com o filme Segundo Prémio.
A programação inclui Hungting Party (Guatemala), de Chris Kummerfeld, Arráncame la vida (México), do diretor Roberto Sneider; Minha Copa do Mundo (Uruguai), de Carlos Morell e no encerramento dia 23 de novembro, Especial.
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