Yoan Capote vive e trabalha em Havana, onde estudou artes no Instituto Superior de Arte de 1991 a 1995. Mesmo tendo se especializado primeiro em pintura, finalmente decidiu aprimorar suas habilidades escultóricas, considerando esta última como uma forma de desenvolver o tridimensional e possibilidades multissensoriais. Ele já é reconhecido nos círculos artísticos cubanos - como um artista promissor. Sua obra, conhecida por ser “sólida”, “irreverente”, “provocativa” e “inconformista” – segundo alguns críticos de arte – trata principalmente das interações entre os indivíduos e de suas experiências psicológicas. Várias de suas peças frequentemente fundem órgãos humanos com objetos inanimados, reorganizam o corpo humano e reinventam a finalidade dos objetos da vida cotidiana: a escultura Nostalgia, que apresenta uma mala comum aberta para revelar uma parede de tijolos, pode ser vista como uma metáfora do nomadismo e os seus limites, o muro de tijolos que representa os nossos próprios impedimentos que todos carregamos connosco onde quer que vamos. Yoan Capote segue a linha de muitos outros artistas de renome internacional, trabalhando ao mesmo tempo com diferentes mídias e gêneros (pintura, fotografia, esculturas performáticas e instalações). Uma de suas obras intitulada Open Mind 2006 é um labirinto baseado no desenho do cérebro humano por onde as pessoas podem caminhar. As pessoas tornam-se metáforas para neurônios que transmitem informações enquanto caminham pelo labirinto. Esta obra inspira a reflexão sobre a inter-relação entre as pessoas, que tentam coexistir entre si. O trabalho de Yoan Capote pode ser encontrado em muitas coleções particulares ao redor do mundo e em instituições como o Kendall Art Center / The Rodriguez Collection, Miami, Flórida.