Ziraldo Alves Pinto (nascido em 24 de outubro de 1932), geralmente referido mononimicamente como Ziraldo, é um autor, pintor, quadrinhista e jornalista brasileiro. Seus livros venderam cerca de dez milhões de cópias, foram traduzidos para muitas línguas estrangeiras e adaptados para o teatro e cinema. Seus livros infantis, como o popular O Menino Maluquinho, também serviram de base para filmes e séries de televisão de sucesso no Brasil. Ziraldo publicou sua obra pela primeira vez aos seis anos, um ano antes de começar a frequentar a escola. Este foi um desenho impresso no jornal A Folha de Minas em 1938.[1] Começou a trabalhar no jornal Folha de S.Paulo em 1954, com uma coluna dedicada ao humor. Ziraldo ganhou notoriedade nacional quando trabalhou na revista O Cruzeiro em 1957 e posteriormente no Jornal do Brasil em 1963. Seus personagens (incluindo Jeremias o Bom, a Supermãe e Mirinho) conquistaram leitores. Em 1960, lançou a primeira história em quadrinhos brasileira de um único autor, a Turma do Pererê, com o Saci do folclore brasileiro, que também foi a primeira história em quadrinhos produzida inteiramente em cores no Brasil. Esta história em quadrinhos promoveu e também satirizou os valores tradicionais brasileiros. Apesar de ter alcançado uma das maiores corridas da temporada, a Turma do Pererê foi cancelada em 1964, logo após o início do regime militar no Brasil. Na década de 1970, a Editora Abril relançou a revista, desta vez, porém, sem o mesmo sucesso. Junto com outros artistas progressistas, Ziraldo também criou o jornal cômico inconformista O Pasquim durante o período da ditadura militar no Brasil. O tablóide carioca tornou-se popular por suas críticas bem-humoradas ao governo militar. Ziraldo é pai da diretora de cinema Daniela Thomas e do compositor de trilhas sonoras indicado ao Globo de Ouro, Antônio Pinto.