A tecnologia chegou a todos os espaços de nossas vidas para transformar e melhorar processos. A arte não ficou alheia a essa revolução e aproveitou-se dela nos processos criativos.
Arte e tecnologia podem parecer disciplinas completamente diferentes; No entanto, hoje elas estão mais relacionadas do que nunca, principalmente porque os avanços tecnológicos se tornaram um elemento fundamental para o desenvolvimento e a criação de novas expressões artísticas.
Cada vez mais artistas estão usando a tecnologia em diferentes estágios de seu processo criativo, seja no planejamento ou como modelo de sua própria expressão. Realidade virtual, inteligência artificial, vídeos 360, código aberto e impressão 3D são elementos que ajudam o artista visual a capturar uma ideia ou criar uma nova proposta.
Vários especialistas concordam que a linguagem usada para criar uma obra de arte mudou. Hoje em dia é muito mais fácil contar uma história, graças a todos os elementos digitais e visuais que os avanços tecnológicos proporcionam.
Por exemplo, a realidade virtual permite que o público tenha uma exploração diferente de uma peça. Ele não apenas observa a obra colocada em algum lugar ou museu, mas, por meio de um observador, ele pode mergulhar em uma cena e fazer parte dela.
Arte verdadeira?
Ao longo da história e até recentemente, foi uma elite que participou principalmente do desenvolvimento e da criação da arte. O resto da sociedade simplesmente apreciou as obras-primas.
Agora, graças à Internet e às novas tecnologias de fabricação, mixagem, edição, manipulação e distribuição, é mais fácil criar coisas e compartilhá-las com o mundo, embora isso signifique que seja mais difícil encontrar arte de alta qualidade. O que se torna popular não é necessariamente bom.
Segundo vários críticos de arte, as novas tecnologias devem levar a novas formas de expressão e apoiar processos criativos e imaginativos.
Maior impacto
O curador Hans Ulrich Obrist, codiretor da Serpentine Gallery, disse uma vez que o futuro da arte não pode ser adivinhado: "Não acho que possamos prever ou prescrever o futuro da arte. É o famoso 'surpreenda-me' de Diaghilev e Cocteau; "A grande arte sempre nos surpreende, ela nos leva ao lugar menos esperado."
E um dos lugares onde a arte chegou é a Internet. Cada vez mais artistas estão usando diversas plataformas para expor e vender seus trabalhos, alguns até recorrendo ao famoso crowdfunding para arrecadar dinheiro para concretizar suas ideias.
Somente em 2011, o site de financiamento coletivo Kickstarter arrecadou quase US$ 100 milhões em promessas para mais de 27.000 projetos relacionados à arte.
Os artistas também usam as mídias sociais como uma ferramenta poderosa para mudar seu relacionamento com colecionadores e o público em geral. É mais fácil para eles identificarem o tipo de obra de arte que cada pessoa precisa.
Alguns benefícios
Ao combinar tecnologia e arte, o acesso à cultura é facilitado, o que significa que mais pessoas podem aprender sobre obras, histórias e detalhes artísticos do mundo.
Cada vez mais museus estão colocando parte de suas coleções em diferentes plataformas para que o público possa conhecê-las sem precisar se deslocar ou sair de casa. Além disso, a criação artística contemporânea é incentivada pelo fornecimento de novas ferramentas tecnológicas.
Arte e tecnologia no México
O Centro Multimídia foi o primeiro espaço do país que levou tecnologia para diferentes comunidades de artistas do México e da América Latina. Este site propôs vários programas de residência e exposições onde a impressão 3D e a inteligência artificial são essenciais.
O Laboratório Arte Alameda é outro local que também aborda propostas artísticas que misturam elementos de arte, ciência e tecnologia. Foi fundada na Cidade do México em 2000 e é dirigida por Tania Aedo. Este espaço busca demonstrar que a tecnologia pode ser produtiva e transformadora na hora de desenvolver uma proposta tecnológica.
No mundo
Em 21 de junho de 2018, o primeiro museu digital do mundo foi inaugurado em Tóquio: MORI Building Digital Art Museum: TeamLab Borderless. Consiste em uma exposição que exibe cerca de 60 obras do coletivo japonês de arte digital TeamLab.
A equipe levou três anos para equipar um espaço de 10.000 metros quadrados com 520 computadores e 470 projetores para criar todos os cenários com os quais o público pode interagir.
As obras saem das salas, formando conexões e relacionamentos com as pessoas. Os visitantes podem até tocar em algumas peças e modificá-las usando um aplicativo móvel.
Outro caso relacionado à arte e tecnologia é o da Björk Digital – Música e Realidade Virtual. Esta é uma experiência imersiva com conteúdo 360, som surround e realidade virtual composta por seis obras digitais produzidas pela cantora islandesa Björk e artistas visuais como Andrew Thomas Huang, Neri Oxman e James Merry.
A exposição é uma jornada de 90 minutos por algumas das principais faixas de Vulnicura, um dos álbuns mais intimistas e aclamados de Björk.
O caso do Google e Frida Kahlo
Este gigante da tecnologia apresentou em 2008 um exemplo perfeito do que acontece quando você combina arte e tecnologia. Por meio de sua plataforma, Google Arts & Culture, lançou uma exposição digital sobre Frida Kahlo.
Eles usaram formatos digitais, como fotos e vídeos em 360 graus. Além disso, na apresentação oficial do projeto, eles utilizaram óculos de realidade aumentada que tornaram a experiência mais imersiva.
Os presentes sentiram como se estivessem entrando na casa de Frida em Coyoacán.
Os detalhes de cada obra de Frida Kahlo puderam ser replicados digitalmente graças ao uso do Art Camera, que permite que cada detalhe das obras seja salvo na melhor resolução.
A exposição se destacou por reunir em um único espaço digital diversas peças do pintor, que na realidade estão espalhadas por diversas partes do mundo e dificilmente um dia poderão coincidir.
Além desta exposição digital, a plataforma Google Arts & Culture recebe 50 milhões de visitantes por ano. Ele contém peças de mais de 1.200 museus com o objetivo de disponibilizar online os tesouros do mundo.
Esta plataforma digitalizou peças do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York, do Museu Van Gogh de Amsterdã, da Galeria Nacional de Arte de DC e do Museu Nacional Thyssen-Bornemisza de Madri, entre outros.
Na Universidad Anáhuac México estamos trabalhando em nosso Plano Estratégico 2020-2024, onde promovemos uma cultura universitária de inovação constante focada na pessoa, com uma visão criativa, colaborativa, proativa e aberta à mudança, por isso compartilhamos este tipo de artigos com você. que buscam lhe dizer como usar tecnologias digitais de forma estratégica, responsável e ágil.
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