Arte Latino-Americana no período colonial, C. 1492 – C. 1820
Os exploradores espanhóis viajaram pela primeira vez para as Américas no final do século XV e início do século XVI. Os imigrantes espanhóis estabeleceram-se em unidades sociopolíticas chamadas encomiendas, que eram, na verdade, concessões governamentais de terras e pessoas lideradas por poderosos espanhóis individuais. Sob o encomendero, o chefe da encomienda, os povos indígenas serviam em diversas funções, e os escravos africanos também eram frequentemente importados para o seu trabalho. Os clérigos foram cada vez mais para as Américas para atuar dentro dessas encomiendas e para converter os povos indígenas ao cristianismo.
Os portugueses demoraram mais para se envolver na região. Embora reivindicassem o Brasil por muitas décadas, foi somente em meados da década de 1530 que se envolveram mais diretamente, concedendo sesmerías ou concessões de terras a cidadãos proeminentes. Tal como na América espanhola, os missionários cristãos passaram a fazer parte deste quadro. Um grande número de escravos africanos foi importado para o Brasil, em parte devido às necessidades da indústria açucareira e em parte porque apenas um pequeno número de povos nativos, muitas vezes intratáveis, permaneceu na área.
Quando o período colonial começou, houve inicialmente uma divisão clara entre artistas indígenas e emigrantes europeus. Em alguns casos, os artistas indígenas continuaram a explorar as suas próprias tradições e temas sem alterações. Muitos artistas europeus também pegaram estilos e temas da Europa de uma forma literal que pouco tinha a ver com a cultura latino-americana. Cada vez mais, porém, as influências recíprocas de ambos os grupos podiam ser sentidas à medida que uma maior mistura cultural e étnica passou a definir a região.
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