Top 10 Galeristas Influentes no mercado de Arte Brasileiro 2

6 – Mariana Vieira (Kovac & Vieira)

Mariana criou a Kovac & Vieira em 2023 em São Paulo. A galeria de arte se destaca como uma plataforma dedicada a observar e incentivar novos talentos artísticos, abraçando a diversidade e promovendo acessibilidade na arte. Seu foco curatorial se concentra na arte contemporânea e na arte pop, demonstrando compromisso com inovação e expressão artística moderna. “A mulher sobressai por causa da sua curiosidade, além de externar suas ideias, visão e ação. Ela também se desconstrói a cada dia para construir novas oportunidades. Essa habilidade acaba construindo um caminho alternativo de ideias, parcerias e o mais importante: coletividade! Fui a única galeria de arte que inaugurou com um curador e um galerista, meu querido amigo Tito Bertollucci. Creio que a coletividade e um universo unido fazem uma mulher crescer em qualquer âmbito ou mercado”.

7 – Marília Razuk (Galeria Marília Razuk)

Galerista em São Paulo mas nascida em Belo Horizonte, em 1992 inaugurou sua própria galeria na Avenida 9 de Julho, destacando-se por representar artistas contemporâneos brasileiros e estrangeiros com foco na inovação artística. Marília participa de feiras internacionais de prestígio e possui dois espaços expositivos desde 2010, permitindo a realização de diversas exposições anuais. Em seus 31 anos de atuação, promoveu artistas tanto do cenário brasileiro como Amilcar de Castro e José Leonilson quanto internacionais como Douglas Gordon e Julieta Aranda. Em 2022 ela lançou o Arte-Circuito Jardim Europa para incentivar a visitação a galerias. “Historicamente, as mulheres sempre foram maioria frente às galerias de arte. Isso é uma realidade nacional e internacional. Acredito que por terem grande sensibilidade, resiliência e serem movidas pelo coração, têm qualificação para lidar com este universo tão sensível e especial que é a arte”.

8 -Nara Roesler (Galeria Nara Roesler )

Figura de destaque no mercado brasileiro de arte com uma trajetória de 40 anos, começou a carreira no Recife, sua cidade natal, onde fundou e dirigiu sua primeira galeria. Promoveu eventos culturais no Rio de Janeiro e em 1989 inaugurou a Galeria Nara Roesler em São Paulo, hoje uma das principais de arte contemporânea do Brasil. Representa artistas brasileiros e internacionais de renome, incluindo aqueles que começaram suas carreiras na década de 1950, bem como emergentes cujas obras dialogam com as correntes estabelecidas por essas figuras históricas. Ao longo dos anos expandiu suas operações inaugurando espaços no Rio e em Nova York, mantendo sua missão de proporcionar plataforma de destaque para seus artistas. “Acredito que uma pessoa que tem uma vivência familiar como filha, mãe e mulher está em contato com muitos sentimentos e aspectos psicológicos do ser humano. Iniciar em paralelo uma vida profissional, que se baseia principalmente na interação com artistas, pessoas extremamente sensíveis, arautos do futuro e dotados de enorme inteligência criativa, dá uma enorme bagagem que possibilita ter sucesso em um ambiente tão complexo como o do universo da arte. Uma mulher tem resiliência, sensibilidade e garra para construir uma jornada descobrindo e promovendo talentos”.

9- Raquel Arnaud

Mulher influente na cena artística brasileira, desde os anos 1970 se dedica a exposições de arte, começando como curadora na galeria Arte Global, da Rede Globo, em São Paulo. Em 1974 fundou sua própria galeria, a Raquel Arnaud, que desde o início apoia artistas de cunho inovador. Em 1997 fundou o Instituto de Arte Contemporânea (IAC) no Pacaembu, em São Paulo, dedicado a preservar a memória de artistas importantes da arte brasileira, como Amilcar de Castro, Sergio Camargo e Willys de Castro, entre tantos outros geniais. Sua contribuição à arte contemporânea e à preservação do patrimônio artístico do Brasil é notável e inspira novas gerações. “Na minha opinião, sim, nosso olhar e sensibilidade permeiam decisões artísticas e profissionais que enriquecem o mercado das galerias de arte no Brasil. Aliás, hoje em dia, esse mercado é dominado por mulheres. É um fato!”

10-Regina Boni

Estilista e figura importante da contracultura paulista, ficou conhecida por criar figurinos icônicos para artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e para a banda Os Mutantes nos anos 1960. Foi dona de uma loja de roupas, a Dromedário Elegante, e colaborou com o figurino de gigantes como Roberto Carlos e Chacrinha. Regina fundou a Galeria São Paulo em 1981, que se tornou influente no cenário artístico ao promover exposições que se tornaram memoráveis. Atualmente atua como marchand no projeto Galeria São Paulo Flutuante. Sua carreira é notável pela contribuição à moda e à arte brasileiras.
“Embora seja originalmente um meio com poucas mulheres, posso dizer que justamente algumas dessas foram fundamentais na minha formação. Tive a sorte de ter trabalhado e aprendido muito com a marchand Cèrès Franco, quando fui ainda bem moça morar em Paris. Logo depois, quando cheguei em São Paulo, eram raras as mulheres galeristas, mas Luisa Strina e Raquel Arnaud já estavam aí trabalhando e me apontaram caminhos possíveis. Ter sido perseguida na ditadura por ser mulher ao estar desempenhando um papel subversivo com uma loja de roupas, me preparou desde cedo para a vida”.