Fotografia no Brasil do século XIX

Fotografia no Brasil do século XIX

A fotografia surgiu no Brasil nos primeiros anos do Império Brasileiro, remontando à chegada do daguerreótipo ao Rio de Janeiro, em 1839, e ao francês Hércules Florence.1​

Século XIX
Um dos pioneiros da fotografia no Brasil foi o pintor e naturalista francês radicado no Brasil, Antoine Hercules Romuald Florence. Florence, que chegou ao Brasil em 1824, instalou-se em Campinas, onde realizou uma série de invenções e experimentos. Em 1833, Florence fotografou através da câmera obscura com placa de vidro e utilizou papel sensibilizado para impressão por contato. Embora totalmente isolado e ignorante do que faziam os seus contemporâneos europeus, Niépce e Daguerre, obteve o resultado fotográfico, que chamou pela primeira vez de Photographie. Devido à descoberta de Florença, o Brasil é considerado um dos pioneiros da fotografia.

O início da fotografia no Brasil está intimamente ligado ao Imperador Dom Pedro II, que era um apaixonado pela fotografia. O abade Louis Compte, ao atracar no Rio de Janeiro em 16 de janeiro de 1840, mostrou o daguerreótipo a Dom Pedro II.2 Dom Pedro II possivelmente se tornou o primeiro fotógrafo com menos de 15 anos no Brasil, quando no mesmo ano, Em 1840, adquiriu um daguerreótipo em Paris.
Augustus Morand, fotógrafo americano (1815-1862), tirou as primeiras fotos da família imperial no Brasil em 1840.

Novas tecnologias, como o colódio úmido, chegaram ao Brasil por meio de imigrantes residentes no país. Assim, os ateliês de retratos se espalharam pelas principais cidades brasileiras. O alemão Alberto Henschel abriu escritórios em São Paulo, Recife, Salvador e Rio de Janeiro, tornando-se o primeiro grande empresário da fotografia brasileira. Destacam-se também neste período Walter Hunnewell, que fez a primeira documentação fotográfica da Amazônia; Marc Ferrez, que produziu imagens panorâmicas de paisagens brasileiras; e Militão Augusto de Azevedo, o primeiro a retratar sistematicamente a transformação urbana da cidade de São Paulo. Destacam-se também Victor Frond, George Leuzinger, August Stahl e Felipe Fidanza.

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